DEPRESSÃO - POR DETRÁS DAS TRAVAS
FOTO: SELMINHA FOTOGRAFIA
Me encontrei num labirinto, enquanto procurava por resposta e nem tive a percepção de como ali cheguei. Um labirinto com saídas, mas a cada saída uma trava, um enigma. Um mergulho num universo desconhecido e turbulento, que a cada passo dado não conseguimos imaginar pra qual lado ir.
Uma solidão medonha, onde o seu mais estridente grito não chega a lugar nenhum, nos resta parar e pensar, tentar, e tentar entender como chegamos ali, mas gritos ressoam no lugar, quero correr, mas não posso, não sou a única perdida nesse universo, quero respirar e sentir o vento batendo na minha cara, mas existem travas. As minhas travas, e de todos que ali estão, cada um a sua maneira procurando uma saída.
Mas por vezes encontramos aquele que dentro desse labirinto tem a missão de nos dar as pistas para desvendar cada enigma necessário para liberar as travas.
É reconfortante, depois do tempo passar, naquele momento que você já quase sucumbiu pra inércia, quando seu pensamento já é só confusão e você, apesar disso, conseguiu recolher as pistas, uma a uma e decifrar o primeiro enigma, que te permitirá abrir aquela trava, e ser livre, sentir os raios de sol no rosto, e o vento bailando ao seu redor te dando as boas vindas pra mais um recomeço. Sim, porque terão muitos tropeços que te levarão a areia movediça.
Mas essa vitória jamais será algo que te alegre totalmente, porque as travas ainda estão lá, e os que lá ainda estão nem sempre se dão conta que precisam descobrir as pistas como João e Maria, pra encontrar seu caminha, então continuarão no escuro, e sufocados, numa batalha que nem sempre será vencida.
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